quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

M16 - Os pilares da criação!


 A Nebulosa da Aguia, ou Messier 16 é um jovem aglomerado estelar aberto localizado na constelação de Serpente. Ele está a aproximadamente 7000 anos-luz de distancia da Terra. Ela esta localizada no braço da Via Láctea vizinho ao braço do nosso sistema solar e sua magnitude aparente é igual a +6,4.

Essa nebulosa ficou mundialmente conhecida quando o Telescópio Espacial Hubble publicou uma foto em detalhes do "centro" dessa nebulosa em 1995.
Essa foto ficou conhecida como "Os Pilares da Criação". O nome faz referencia a 3 colunas de poeira e gases que seriam um grande berço de estrelas.

A própria NASA informou posteriormente que tais pilares provavelmente não existem mais, pois atualmente já devem ter se transformado em novas estrelas.

A nebulosa é facilmente capturada com telescópios amadores (um refletor de 150mm de abertura já consegue captura-la), contudo, nem tudo são flores.

A nebulosa toda tem um tamanho de 35x28 arcminutos, aproximadamente o tamanho da lua cheia.  Contudo, a parte central ("os pilares") são relativamente pequenos. Assim é difícil obter detalhes de tais estruturas, tornando-se assim um desafio para os astrofotógrafos!

Segue o registro tirado em Outrubro de 2016 no OCA:


Esse registro foi produzido através do empilhamento de 40 frames de 200s em ISO 400. A imagem em resolução total e os detalhes de localização do objeto podem ser encontrados aqui: http://astrob.in/279822/0/

Uma coisa que me surpreendeu nessa imagem foi o fato de ela apresentar partes com a coloração avermelhada e também partes azulada. Isso indica que ela possui partes de nebulosas de emissão e também parte de nebulosas de reflexão.

Contudo, a Nebulosa da Aguia é conhecidamente uma nebulosa de emissão. Sendo que normalmente quando uma nebulosa possui parte de emissão e reflexão ela é catalogada como uma nebulosa difusa.

Talvez o fato de ela ter sido catalogada como nebulosa de emissão seja pelo fato de a maior parte der de emissão.

Nebulosa de Emissão:
"Uma nebulosa de emissão é uma nebulosa que rodeia a uma estrela quente e difunde a energia recebida em forma de radiação, com um espectro marcado por linhas brilhantes de hidrogênio. A cor vermelha característica de muitas destas nebulosas é devida, justamente, à linha alfa de hidrogênio."

Nebulosa de Reflexão:
“As nebulosas de reflexão são nuvens de poeira que simplesmente refletem a luz de uma ou mais estrelas vizinhas. Elas não são quentes o suficiente para provocar a ionização no gás da nebulosa como as nebulosas de emissão, mas são brilhantes o suficiente para tornarem o gás visível. Por isso, o espectro das nebulosas de reflexão é semelhante ao das estrelas que as iluminam. Por entre as partículas microscópicas responsáveis pela dispersão estão compostos de carbono (por exemplo, pó de diamante) e de outros elementos, em particular ferro e níquel. Estes últimos dois estão muitas vezes alinhados com o campo magnético e fazem com que a luz dispersa seja ligeiramente polarizada. A distinção entre estes dois tipos de nebulosas foi feita por Hubble em 1922. São regularmente azuis devido à dispersão ser mais eficiente na luz azul que na vermelha (é o mesmo processo que dá a cor azul ao céu e os tons vermelhos do pôr-do-Sol).”

Nebulosa de Absorção ou Escura:

“Uma nebulosa escura é uma grande nuvem que aparece em regiões pobres em estrelas, onde o pó do meio interestelar parece estar concentrado. Estas podem ser vistas a obscurecer parte de uma nebulosa de emissão ou reflexão (por exemplo, a Nebulosa Cabeça de Cavalo), ou ao bloquearem as estrelas de fundo (por exemplo, a Nebulosa Saco de Carvão).”

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