A construção de um sonho
Quando eu era criança eu adorava assistir aos programas da
TV que passavam alguma coisa relacionada à exploração do universo. Lembro-me de babar vendo os programas da TV cultura e de
sonhar em estudar astronomia um dia, mas infelizmente meus caminhos acabaram seguindo outros rumos.
Um dia, estávamos eu e meu pai pescando (ou tentando pescar)
a famosa Piraiba. Estavamos no meio do rio Araguaia, em uma noite sem lua e com o céu sem
uma nuvem.
Deitados ali na canoa, olhando para cima, presenciamos um grande meteoro rasgar o céu e deixar um enorme rastro de fogo. Foi ali que novamente minha paixão pela
astronomia foi despertada. Desde esse dia eu busco entender cada vez mais o universo que nos cerca.
Nessa busca de conhecimento eu acabei me envolvendo com a astrofotografia e após algum tempo realizando astrofotografia em um céu repleto de poluição luminosa (como é o centro do Rio de Janeiro, onde moro), eu tive a ideia de criar um observatório em um local afastado.
A escolha natural foi a minha terrinha natal Bilac. Localizada a 550km de São Paulo capital. Após poucos testes ficou claro que o céu de Bilac era realmente uma excelente opção.
Passei então a pesquisar, adquirir e desenvolver (em muitos dos
casos) os equipamentos que seriam necessários para controlar o observatório de
forma remota (a uma distancia de 1100km de distância).
O orçamento era apertado e no Brasil não existe nenhum incentivo
a astronomia, assim cada detalhe da construção do observatório teve de ser
cuidadosamente pensado e escolhido.
Depois de muito planejamento e implementação o Observatório
Campo dos Amarais (OCA) iniciou suas atividades em setembro de 2016.
Desde então essa tem sido uma das alegrias da minha vida. Dedico
com prazer varias noites da minha vida ao estudo do universo.
Apesar de pequeno, o OCA vem mostrando um potencial muito
grande. O Céu de Bilac realmente se mostrou incrível e mesmo com equipamentos
modestos esta sendo possível alcançar resultados que me deixam muito contente.
O nome do observatório é uma homenagem ao meu pai, Nelson do Amaral,
cuja ajuda foi imprescindível para a construção do OCA.
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