A Nebulosa da Aguia, ou Messier 16 é um jovem aglomerado estelar
aberto localizado na constelação de Serpente. Ele está a aproximadamente 7000
anos-luz de distancia da Terra. Ela esta localizada no braço da Via Láctea
vizinho ao braço do nosso sistema solar e sua magnitude aparente é igual a
+6,4.
Essa nebulosa ficou mundialmente conhecida quando o Telescópio
Espacial Hubble publicou uma foto em detalhes do "centro" dessa
nebulosa em 1995.
Essa foto ficou conhecida como "Os Pilares da
Criação". O nome faz referencia a 3 colunas de poeira e gases que seriam
um grande berço de estrelas.
A própria NASA informou posteriormente que tais pilares
provavelmente não existem mais, pois atualmente já devem ter se transformado em
novas estrelas.
A nebulosa é facilmente capturada com telescópios amadores (um
refletor de 150mm de abertura já consegue captura-la), contudo, nem tudo são
flores.
A nebulosa toda tem um tamanho de 35x28 arcminutos,
aproximadamente o tamanho da lua cheia.
Contudo, a parte central ("os pilares") são relativamente
pequenos. Assim é difícil obter detalhes de tais estruturas, tornando-se assim
um desafio para os astrofotógrafos!
Segue o registro tirado em Outrubro de 2016 no OCA:
Esse registro foi produzido através do empilhamento de 40 frames
de 200s em ISO 400. A imagem em resolução total e os detalhes de localização do objeto podem ser encontrados aqui:
http://astrob.in/279822/0/
Uma coisa que me surpreendeu nessa imagem foi o fato de ela
apresentar partes com a coloração avermelhada e também partes azulada. Isso
indica que ela possui partes de nebulosas de emissão e também parte de
nebulosas de reflexão.
Contudo, a Nebulosa da Aguia é conhecidamente uma nebulosa de
emissão. Sendo que normalmente quando uma nebulosa possui parte de emissão e
reflexão ela é catalogada como uma nebulosa difusa.
Talvez o fato de ela ter sido catalogada como nebulosa de
emissão seja pelo fato de a maior parte der de emissão.
Nebulosa de Emissão:
"Uma nebulosa de emissão é uma nebulosa que rodeia a uma
estrela quente e difunde a energia recebida em forma de radiação, com um
espectro marcado por linhas brilhantes de hidrogênio. A cor vermelha
característica de muitas destas nebulosas é devida, justamente, à linha alfa de
hidrogênio."
Nebulosa de Reflexão:
“As nebulosas de reflexão são nuvens de poeira que simplesmente
refletem a luz de uma ou mais estrelas vizinhas. Elas não são quentes o
suficiente para provocar a ionização no gás da nebulosa como as nebulosas de
emissão, mas são brilhantes o suficiente para tornarem o gás visível. Por isso,
o espectro das nebulosas de reflexão é semelhante ao das estrelas que as
iluminam. Por entre as partículas microscópicas responsáveis pela dispersão
estão compostos de carbono (por exemplo, pó de diamante) e de outros elementos,
em particular ferro e níquel. Estes últimos dois estão muitas vezes alinhados
com o campo magnético e fazem com que a luz dispersa seja ligeiramente
polarizada. A distinção entre estes dois tipos de nebulosas foi feita por
Hubble em 1922. São regularmente azuis devido à dispersão ser mais eficiente na
luz azul que na vermelha (é o mesmo processo que dá a cor azul ao céu e os tons
vermelhos do pôr-do-Sol).”
Nebulosa de Absorção ou
Escura:
“Uma nebulosa escura é uma grande nuvem que aparece em regiões
pobres em estrelas, onde o pó do meio interestelar parece estar concentrado.
Estas podem ser vistas a obscurecer parte de uma nebulosa de emissão ou
reflexão (por exemplo, a Nebulosa Cabeça de Cavalo), ou ao bloquearem as
estrelas de fundo (por exemplo, a Nebulosa Saco de Carvão).”